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O diagnóstico precoce através do sintomas de câncer ósseo é a chave para vencê-lo

Embora raramente, há sintomas de cânceres que também podem afetar os ossos, seja de forma primária ou secundária a alguma outra doença maligna, localizada em outro órgão do corpo.

Um tipo de tumor de ocorrência rara, que representa 1% de todas as doenças oncológicas, segundo o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad, vinculado ao Ministério da Saúde. O câncer ósseo e seus sintomas podem ocorrer em qualquer osso do corpo, apesar de atingir com mais frequência os do braço, fêmur, coxas, coluna e bacia.

Como qualquer outro câncer, a doença também se origina de uma divisão anormal e incontrolável de células ósseas anormais, as quais acabam formando uma massa de tecido que compromete a rigidez da estrutura acometida.

O tumor pode ser primário, quando começa a se desenvolver num osso que estava normal anteriormente, ou secundário, quando provém de um câncer em outro órgão – trata-se da chamada metástase óssea, na qual as células malignas se espalham pelo esqueleto.

Os cânceres primários ocorrem mais frequentemente em crianças e adolescentes, a exemplo do osteossarcoma e do tumor de Ewing. Já as metástases no esqueleto incidem mais em adultos e costumam aparecer numa fase mais avançada da doença de base.

Fatores de risco bem específicos

Ainda não está claro o que causa o câncer ósseo. Acredita-se que a doença comece com um “erro” no DNA das células, que as torna anormais. Em última instância, a multiplicação desordenada e rápida dessas células doentes resulta na formação da massa tumoral. Entretanto, existem fatores de risco para o câncer ósseo, como a presença de síndromes genéticas, como a de Li-Fraumeni, o retinoblastoma hereditário e a doença de Paget, além de exposição anterior a altos níveis de irradiação, em especial os usados para tratar cânceres pregressos.

De qualquer modo, não se trata de uma doença silenciosa. Nos ossos, o câncer se manifesta em forma de dor, inicialmente não constante, mas que progride e piora à noite e aos movimentos, assim como com inchaço e nódulos nas articulações, que aumentam o sintoma doloroso e o desconforto.

Os ossos afetados também ficam mais frágeis e sujeitos a fraturas patológicas, ou seja, quebrando-se facilmente, até mesmo sem que ocorra um trauma ou lesão. Paralelamente aos sintomas específicos, pode haver ainda febre, fadiga e perda de peso.

O diagnóstico exige um exame clínico detalhado e um levantamento minucioso da história do paciente, mas apenas métodos de imagem podem flagrar efetivamente a existência da lesão, tais como cintilografia óssea, tomografia computadorizada, ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons, ou PET/CT.

Para melhorar a qualidade de vida

O objetivo do tratamento do câncer ósseo é reduzir seu tamanho, retardar seu desenvolvimento, aliviar os sintomas e aumentar a sobrevida do paciente. Entre as opções terapêuticas estão cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, aplicadas de forma isolada ou combinadas para remover o tumor e destruir as células cancerígenas remanescentes.

Cada paciente apresenta suas porcentagens de probabilidade de cura de acordo com o tipo do tumor, a localização, o número de lesões, o estágio da doença, a agressividade local e os aspectos de sua saúde como um todo. Os tumores primários, evidentemente, têm maior chance de cura do que os secundários, visto que a metástase já sinaliza uma evolução desfavorável do câncer original. Ainda assim, nesses casos, os cuidados paliativos podem melhorar a qualidade de vida do doente.

Infelizmente não há forma de prevenir o câncer ósseo, porém, como ocorre em qualquer outro tipo de doença maligna, se ele for descoberto precocemente, as chances de recuperação aumentam, na medida em que permitem que o tumor permaneça localizado e o tratamento seja mais efetivo.

Procure sempre um médico para esclarecer a origem de dores agudas ósseas e não se automedique.

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