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As restrições trazidas pela pandemia de coronavírus trouxeram novas dúvidas para mulheres que estão no período de aleitamento. Afinal, mães com COVID-19 podem seguir a amamentação de seus bebês?
Mais de um ano após o primeiro caso da doença no Brasil, não há evidências científicas de que o Sars-CoV-2 seja transmitido pelo leite materno. O contágio ocorre principalmente pelo contato com aerossóis de espirros e tosse de pacientes infectados, bem como com gotículas de saliva dessas pessoas. A transmissão também é possível por meio de superfícies contaminadas com o vírus, como maçanetas, celulares e outros objetos.
Dessa forma, a recomendação da Organização Mundial de Saúde, do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é a de que, mesmo infectada, a mãe mantenha o aleitamento (desde que ela esteja em condições clínicas adequadas para tanto) e tome uma série de cuidados para diminuir ao máximo a transmissão do novo coronavírus para o bebê. Os especialistas são unânimes em afirmar que os benefícios da amamentação superam os riscos.
Fora de cada momento de amamentação, evidentemente, a mãe com Covid-19 ou com suspeita da doença deve se isolar em casa e deixar com o pai, ou mesmo a outra pessoa, os cuidados com a criança, como trocas de fralda e banho.
Se não estiver segura para amamentar nessa situação, a mulher tem a opção de extrair o leite e pedir para o parceiro oferecer o alimento em um copinho ou colher. Mamadeiras não devem ser usadas porque o bebê pode deixar de pegar o peito, atrapalhando o aleitamento quando a mãe se recuperar.
A restrição felizmente dura pouco tempo. Segundo a SBP, não há mais risco de o bebê ser infectado após terem passado dez dias do começo dos sintomas, desde que não haja febre nas últimas 24 horas – sem uso de antitérmicos – e ocorra melhora completa das demais manifestações, como tosse, coriza, dor de cabeça, diarreia etc. Na dúvida, vale consultar o pediatra ou um médico de sua confiança.
Por último, convém lembrar que, mesmo após o restabelecimento da mãe, a família não deve receber visitas de familiares e amigos, além de evitar deixar a casa na pandemia. Caso a saída seja para necessidades, como ir em consultas mensais com o pediatra, o casal deve tomar todas as medidas de precaução, com uso de máscara e álcool em gel e manutenção de distanciamento social.
Bebês com menos de 2 anos, porém, não podem usar máscara nem protetores faciais devido ao risco de morte súbita e de sufocamento. Mais um motivo para limitar as saídas.
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